A ação da Polícia Federal nesta quarta-feira(16/08), que apreendeu celulares, computadores e quebrou o sigilo de informações dos servidores Ricardo Scopel Velho e Maicon Fontaine, lotados no campus Abelardo Luz do Instituto Federal Catarinense (IFC), configura explicitamente um caso de perseguição política. A ação policial  foi baseada em um despacho da Justiça Federal de Santa Catarina que acusa os dois servidores de permitirem a “ingerência” do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na gestão do Campus. Os servidores foram afastados temporariamente de suas funções por esse motivo. Os argumentos da Justiça Federal desconsideram a luta da sociedade brasileira pela gestão democrática das instituições públicas de ensino. Os projetos pedagógicos e as propostas de novos cursos devem contar com a participação da sociedade civil. A gestão democrática na educação prevê justamente o envolvimento das comunidades atendidas por essas instituições na construção do planejamento político/pedagógico e na participação ativa no desenvolvimento dessas instituições de ensino.

Tal ação é resultado do clima persecutório que existe hoje no país à livre atividade docente e a gestão democrática na educação. A diretoria da SINDUFFS repudia a perseguição política e se solidariza com os colegas.
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