Desempenho das federais teve grande vantagem com relação às universidades particulares
De acordo com levantamento do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), mensurado pelo Inep, órgão do Ministério da Educação, 68% das universidades federais possuem nota máxima de qualidade, ou seja, entre 4 e 5. Ainda, desempenho das instituições públicas novamente ficou em níveis muito superiores às universidades particulares.
Na pesquisa do IGC, cada universidade é avaliada com nota de 1 a 5 e tem como critério a nota que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) atribui à cada curso de pós-graduação da instituição e a média de cada curso do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que também é mensurado pelo Inep.
As 13 federais que conquistaram nota 5 no IGC são as universidades de São Carlos, Viçosa, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Lavras, além do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Fundação de Ciências da Saúde de Porto Alegre e a do ABC.
Com relação às universidades particulares, das que possuem fins lucrativos, apenas 18% obtiveram nota máxima, enquanto as sem fins lucrativos tiveram 24% das instituições com esse desempenho.
O CPC, item usado como parâmetro na qualidade das universidades, une diferentes variáveis. O Conceito Enade, por exemplo, tem 20% do peso. Já a porcentagem de professores com mestrado ou doutorado corresponde a 30% da nota, enquanto a percepção do estudante resulta em 15% do índice. Por fim, o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que mede a evolução do aluno comparando a nota dele do Enem com a do Enade, tem 35% de peso no CPC.
Tráfico e drogas
Na quarta-feira (11), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a criticar as universidades federais dizendo que existem plantações extensivas de maconha e produção de drogas sintéticas nos campi. Weintraub disse ainda que as plantações são um reflexo do consumo de drogas em universidades.
Ministro usou reportagens antigas e sensacionalistas para ilustrar suas acusações. Reunião gerou bate boca entre ele e o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que se retirou da comissão no momento em que Weintraub passou a exibir uma reportagem antiga do Cidade Alerta. “Se a pauta vai ser exclusivamente esta diante de tudo que está se passando de crise nas universidades, é um desrespeito profundo à educação, e vou me retirar”, disse o deputado. “É um insulto aos educadores”, completou.
FONTE: Revista Fórum