Nota da Diretoria do ANDES-SN em repúdio ao assassinato do Líder Indígena Emyra Waiãpi

A terra indígena Waiãpi, de acordo com documento da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), no oeste do Amapá, vem sendo atacada por homens armados, que intimidam e violentam os direitos indígenas. No dia 22 de agosto de 2019, 15 homens invadiram a aldeia Aramirã e assassinaram cruelmente o líder Emyra Waiãpi, de acordo com a comunidade e relatado pela FUNAI ao Governo Federal.

Os homens ocuparam a aldeia e estão ligados ao garimpo na região, que é rica em ouro. Em meio a esse clima de tensão e violência no Estado do Amapá, o presidente da República Jair Bolsonaro relativiza a violência sofrida pelos indígenas e questiona se Emyra Waiãpi foi realmente assassinado.

A violência instalada no Amapá e nas terras indígenas em todo o Brasil está sendo potencializada pelo discurso de ódio e pela política do Governo Federal de destruição do meio ambiente, que tem como responsável o inimigo histórico da demarcação das terras indígenas: Jair Bolsonaro.

O ódio e a política de desmonte entreguista das nossas riquezas naturais venceram mais uma batalha! Mais um combativo tombou no Brasil na defesa dos direitos sociais e do meio ambiente. A Diretoria do ANDES-SN repudia as manifestações que estimularam a invasão das terras indígenas feitas pelo presidente da república, repudia o assassinato de Emyra Waiãpi, repudia a política de destruição da floresta amazônica! Exigimos a apuração do crime cometido contra o povo Waiãpi e a punição dos assassinos de Emyra Waiãpi!

Emyra Waiãpi vive!
Nenhum a menos!

Brasília (DF) 30 de julho de 2019.

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional