Os docentes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) reuniram-se em assembleia geral nesta quarta-feira (19). Um dos encaminhamentos do encontro, que aconteceu simultaneamente nos campi da UFFS nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, foi a votação e deliberação pela realização de um dia de paralisação da categoria no próximo 27 de agosto.

    A data foi escolhida para que a mobilização na UFFS some forças ao movimento grevista nacional dos docentes das universidades federais, que deflagrou greve ainda no dia 28 de maio deste ano. No dia 27 de agosto também ocorre a Marcha Nacional dos Servidores Públicos Federais (SPF), em Brasília/DF, com participação dos docentes federais, que denunciam a falta de negociação por parte do Ministério da Educação (MEC) nos três meses da greve. Além dos professores, outras categorias de SPFs estão paradas em vários estados brasileiros. Na UFFS, a greve dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) tem adesão de todos os campi da universidade. Atualmente, docentes de 48 Instituições Federais de Ensino Superior brasileiras aderiram ao movimento paredista (confira as reivindicações e outras informações no site do Comando Nacional de Greve: http://grevenasfederais.andes.org.br/).

    O professor do campus Chapecó e membro da diretoria da Seção Sindical dos Docentes da UFFS (SINDUFFS), Leonardo Santos, lembra que a última assembleia geral – realizada no dia 5 de agosto – foi bem representativa quanto a participação da categoria, apesar da maioria ter votado pela não adesão à greve nacional. “Tivemos uma parcela significativa de professores favoráveis à greve e dispostos a lutar, e mesmo os que foram contra não são necessariamente contrários que se faça mobilizações. Então é importante essa paralisação do dia 27 para que possamos debater a conjuntura nacional de cortes orçamentários na educação com aqueles colegas que ainda não estão mobilizados, para podermos somar nesta resistência”. O professor do campus Erechim e membro da diretoria da SINDUFFS, Douglas Alves, argumenta que a luta pela educação pública de qualidade se faz muito necessária neste momento no qual o governo tem colocado em prática o ajuste fiscal como uma alternativa à crise financeira. “Os cortes orçamentários promovidos por este ajuste fiscal vão ser sentidos em âmbito local. Não é uma pauta distante, vamos sentir estes cortes na UFFS daqui pra frente”, coloca ele.

     Eleições na SINDUFFS

    Outra pauta da assembleia foram as eleições para a nova diretoria da Seção Sindical. Como não houve chapas inscritas dentro do prazo anteriormente estipulado pelo edital, a assembleia deliberou por prorrogar até o dia 30 de setembro o mandato da atual diretoria. Uma nova eleição deve ser convocada para o dia 21 de setembro, sendo que as chapas concorrentes aos cargos poderão ser inscritas até o dia 9 de setembro. Neste meio tempo, discussões e debates irão acontecer nos núcleos de base de cada campus, para que depois os interessados possam compor as chapas candidatas à eleição da diretoria.

     Prestação de contas

    A assembleia também discutiu a prestação de contas da SINDUFFS para o ano de 2014. Os documentos desta prestação de contas foram publicados no site e enviados por e-mail aos docentes sindicalizados.  A assembleia aprovou por unanimidade as referidas contas da Seção Sindical.