A Juventude indígena do Rio Grande do Sul acolheu os estudantes indígenas da UFFS para viajarem juntos ao acampamento Luta Pela Vida em Brasília, que acontece nos dias 22 a 28 de agosto, e é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

Os estudantes indígenas e docentes da UFFS, com apoio da SINDUFFS e outras entidades como ANDES-SN, SINDTAE e SITESPM-CH, se engajaram em uma campanha para arrecadação de recursos financeiros que foram utilizados para custear, junto da Juventude Indígena do RS, o transporte para o acampamento Luta Pela Vida.

Segundo a APIB, “o marco temporal legitima e legaliza as violações e violências cometidas contra os povos até o dia 04 de outubro de 1988: uma realidade de confinamento em reservas diminutas, remoções forçadas em massa, tortura, assassinatos e até a criação de prisões. Aprovar o ‘marco temporal’ significa anistiar os crimes cometidos contra esses povos e dizer aos que hoje seguem invadindo suas terras que a grilagem, a expulsão e o extermínio de indígenas é uma prática vantajosa, pois premiada pelo Estado brasileiro. A aprovação do marco temporal alimentará as invasões às terras indígenas já demarcadas e fomentará ainda mais os conflitos no campo e a violência, já gritante, contra os povos indígenas.”

A agenda anti-indígena está na pauta do Congresso Nacional e o Marco Temporal será apreciado pelo Supremo Tribunal Federal amanhã, dia 25 de agosto.

“Afirmar que a história dos povos indígenas não começa em 1988 não significa, como afirmam desonestamente os ruralistas, que eles querem demarcar o Brasil inteiro. Os povos indígenas querem apenas que suas terras tradicionais sejam demarcadas seguindo os critérios de tradicionalidade garantidos na Constituição – que não incluem qualquer tipo de ‘marco temporal’!, reitera a entidade.

 

*com informações da  APIB

Confira a seguir:

Acampamento Luta pela Vida