Deputados aprovaram requerimentos por 24 votos a 8. Segundo o colegiado, a previsão é de que Weintraub preste os esclarecimentos na próxima semana.
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ele terá de esclarecer, aos deputados, a acusação de que a estrutura das universidades federais estaria sendo usada para produção de drogas.
A declaração sobre drogas foi dada em entrevista ao “Jornal da Cidade”, e divulgada pelo próprio Weintraub em redes sociais. Segundo ele, as universidades se tornaram “madraças de doutrinação” e abrigam “plantações extensivas de maconha”, além da suposta produção de drogas sintéticas em laboratório.
O ministro é obrigado a comparecer à comissão, mas pode agendar o melhor dia. Segundo o colegiado, a previsão é de que Weintraub preste os esclarecimentos na próxima semana.
O requerimento foi aprovado por 24 votos a 8. O ministro é obrigado a comparecer à comissão, mas pode agendar o melhor dia. Segundo o colegiado, a previsão é de que Weintraub preste os esclarecimentos na próxima semana.
As declarações de Weintraub geraram forte reação da comunidade acadêmica. Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) disse que o ministro “parece nutrir ódio pelas universidades” e que “ultrapassa todas as fronteiras que devem limitar, sobretudo, os atos de um gestor público”.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Educação no dia 22 de novembro, quando a entrevista foi publicada. Até o fechamento deste texto, a assessoria ainda não tinha enviado comentário sobre o tema.
Casos concluídos
No fim de novembro, o G1 mostrou que a investigação dos casos citados por Weintraub, em meio à polêmica, não apontou qualquer responsabilidade das universidades federais nos casos.
Em um desses episódios, pés de maconha foram apreendidos em uma área de cerrado próxima ao campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). Dois estudantes foram detidos, fizeram acordo e cumpriram penas alternativas. Nenhum professor ou diretor da UnB foi implicado na acusação.
No outro, 140 “buchas” de maconha e 1 kg de haxixe foram apreendidos na Universidade Federal de Minas Gerais. No mesmo dia da ação, a Polícia Civil negou que os traficantes fossem alunos ou funcionários da UFMG.
Fragilidades de planejamento e gestão
Na semana passada, outro relatório, elaborado por deputados federais da Comissão Externa de Educação da Câmara e divulgado em caráter preliminar, apontou fragilidades de planejamento e gestão dentro do MEC.
Na semana passada, outro relatório, elaborado por deputados federais da Comissão Externa de Educação da Câmara e divulgado em caráter preliminar, apontou fragilidades de planejamento e gestão dentro do MEC.
Fonte: ANDES- SN
Veículo: Portal G1