Em reunião extraordinária de hoje, 16, o Conselho Universitário da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) decidiu por ampla maioria rejeitar o FUTURE-SE, programa do Governo Federal que facilita a privatização e mercantilização do Ensino Superior. Foram 39 favoráveis a favor do parecer, 4 votos contrários e 6 abstenções. A decisão do CONSUNI da UFFS reitera o compromisso da Universidade com uma educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade socialmente referenciada.
A pauta foi uma reivindicação do Movimento Ocupa UFFS e foi debatida em assembleias nas quais as a esmagadora maioria da Comunidade Universitária votou pela rejeição ao FUTURE-SE. Além de inviabilizar a manutenção de diversos cursos, o FUTURE-SE coloca as universidades públicas a serviço de uma lógica mercadológica. A implantação do programa representaria uma entrega dos bens públicos ao capital privado, já que quem passaria a realizar a gestão financeira e patrimonial de todas as estruturas seria as Organizações Sociais (OS).
Em corajosa demonstração de zelo pelo ensino e patrimônio público, o Conselho Universitário da UFFS rejeita a implantação do programa e determina mais uma derrota à reitoria não-eleita pela Comunidade Universitária, alinhada com as políticas educacionais do Governo de Jair Bolsonaro. Inconformado com a derrota, Marcelo Recktenvald ameaçou vetar a decisão do Conselho Universitário, por isso é necessário seguirmos atentos e mobilizados!
FOTO: Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o reitor não-eleito da UFFS, Marcelo Recktenvald, em solenidade em Brasília. Luis Fortes/MEC. (04/09/2019).