Docentes apoiam a Prorrogação do Mandato da Diretoria e debatem sobre Pandemia e o Calendário Acadêmico

Os professores e professoras da UFFS reuniram-se na última segunda-feira, dia 25, por videoconferência, para debater a prorrogação do mandato da diretoria da SINDUFFS, a pandemia de Covid-19 e o Calendário Acadêmico da UFFS. A necessidade de debater a prorrogação vem pela proximidade do fim do mandato que completará 2 anos no mês de junho. Devido à suspensão das atividades presenciais, não será possível realizar as eleições para a nova diretoria nesse período, sendo que o Estatuto do ANDES-SN veda o voto não presencial ou virtual para as instâncias deliberativas e eleições (Art. 9o, Inciso I, Parágrafo Único).

Estatuto do ANDES-SN

Por isso, a diretoria solicitou que os/as docentes se manifestassem em relação à prorrogação do mandato e obteve por consenso o apoio dos/as presentes para o ingresso de uma ação na justiça para efetivar a prorrogação do mandato diante da impossibilidade de realização de assembleias não presenciais. Embora o posicionamento na assembleia consultiva não seja suficiente para efetivar a prorrogação do mandato, a diretoria considera que o respaldo dos/as docentes é de grande importância para a legitimidade desse processo.

Debatemos na sequência a situação da pandemia e seus efeitos sobre o calendário acadêmico. A resolução do CONSUNI, que suspendeu as atividades presenciais, determinou que a PROGRAD apresentasse cenários para a retomada do calendário acadêmico. Disponibilizamos abaixo os quadros para consulta e posicionamento dos/as docentes:

Histórico da Construção das Propostas de Calendário Acadêmico em função da Resolução Nº. 11/CONSUNI/2020

Simulação 1 – Calendário Acadêmico

Simulação 2 – Calendário Acadêmico

Simulação 3 – Calendário Acadêmico

Após uma análise desses quadros, que foram disponibilizados no site da SINDUFFS, os/as docentes presentes se manifestaram sobre o seu conteúdo. Para parte dos docentes presentes, os cenários apresentados pela PROGRAD destoam da realidade perante a evolução da pandemia de Covid-19. Consideraram em todo caso que é prematura uma decisão sobre o calendário sem que se tenha dados mais consolidados sobre a progressão da pandemia. Outros lembraram da necessidade de resguardar professores e alunos de eventuais prejuízos diante da suspensão, renomeação/cancelamento ou reajuste do calendário. No caso de reposição, destacou-se que as condições para o retorno podem se prolongar para além de 2020, com a necessidade de adoção de protocolos para garantir o distanciamento social, a mobilidade dos alunos e a proteção individual e coletiva.

Uma preocupação presente na reunião foi sobre a saúde docente durante a pandemia, pelo fato de que muitos fazem parte ou convivem com pessoas do grupo de risco. Pensando nas aulas semipresenciais, considerando o prolongamento da crise, e na possibilidade de reposição do semestre, foi lembrado de como essas possibilidades afetarão a saúde dos docentes que terão de adquirir novas habilidades e dedicar muito mais tempo à execução delas sem deixar de lado as demandas exigidas pelo convívio familiar por conta do isolamento social. Além de terem que lidar com a fragilidades psicológicas existentes ou impostas por meses em constante apreensão.

Os/as docentes também destacaram a necessidade de participar das ações de solidariedade, sobretudo em apoio aos estudantes em condições de vulnerabilidade. Também, da necessidade de se desfazer de amarras burocráticas e jurídicas quanto ao calendário em um contexto de crise sistêmica e impedir punições aos estudantes quanto ao cumprimento dos tempos para a conclusão dos cursos. Por conta da característica multicampi da UFFS, os/as docentes evidenciaram a necessidade de adequação às diferentes realidades locais. Da mesma forma, acham pertinente solicitar à gestão informações quanto ao funcionamento dos restaurantes universitários, bibliotecas, cantinas, etc., no caso de reabertura, e às medidas que serão tomadas para proteção dos seus servidores.

Foram indicados os seguintes encaminhamentos:

  1. Fomentar o debate sobre os cenários de reposição, cancelamento/renomeação do semestre e protocolos de retomada das atividades;
  2. Efetivar o debate sobre a saúde docente durante e após o retorno das atividades;
  3. Fortalecer as ações de solidariedade, em especial aos estudantes em situação de vulnerabilidade, em conjunto com as entidades estudantis e o SINDTAE;
  4. Mobilização contra o veto que congela as carreiras e a reposição salarial dos professores e demais categorias;
  5. Enviar ofício à Comissão da COVID-19 solicitando informações sobre as ações durante o período da pandemia e os protocolos previstos quando da retomada das atividades.