A Casa da Moeda, empresa federal que produz papel-moeda no país, amanheceu com funcionários em greve em 3 de fevereiro, em protesto contra perdas salariais recentes e a possível privatização, planejada pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A paralisação, chamada por funcionários de “greve de advertência”, por ter durado 24 horas, colocou a Casa da Moeda ao lado de duas outras estatais cujos funcionários declararam greve nas últimas semanas.

A Petrobras está paralisada desde 1º de fevereiro. Já no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), funcionários anunciaram estado de greve (eles podem paralisar a qualquer momento) em 28 de janeiro.

As razões que levaram às greves são diferentes nos três contextos, envolvendo casos específicos de demissões de funcionários, cortes de benefícios trabalhistas e denúncias de assédio moral. Ao mesmo tempo, têm em comum a perspectiva de redução ou venda das companhia.

 

Por Mariana Vick/NEXO (09 de fev de 2020)
Foto: Marcelo Carnaval/Reuters