Em mais um ataque à Educação Pública, o Governo de Jair Bolsonaro bloqueou no dia 28 de novembro R$ 366 milhões em recursos das Universidades Federais inviabilizando as finanças dessas instituições. Após grande pressão, esse bloqueio foi recomposto. Seis horas mais tarde, o Governo Federal voltou atrás com um novo bloqueio. No mês de junho, o Governo Federal já havia cortado R$ 438 milhões.
Desde 2019, o sistema de universidades federais luta para sobreviver em meio a sucessivos cortes e bloqueios orçamentários do Governo Federal e tem dificuldades em manter compromissos com as suas despesas mais básicas.
Ontem (06), a Reitoria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), sob a tutela do bolsonarista Marcelo Recktenvald, lançou uma nota em que informou o bloqueio de R$ 3.837.353 na Universidade. Segundo a nota, esse valor é superior aos bloqueios efetuados e recompostos em novembro e dezembro. Em virtude do bloqueio, anunciou também o atraso nos pagamentos de auxílios, bolsas e fornecedores que normalmente acontecem nos primeiros dias úteis de cada mês.
Em virtude desses ataques, os estudantes da UFFS vêm mobilizando assembleias nos campi. Em Cerro Largo e Laranjeiras do Sul os estudantes se reuniram ontem (06) à noite. Hoje (07), às 19h00, os estudantes se reunirão em Chapecó para debater os bloqueios orçamentários e os seus impactos. Nesta quinta-feira (08) será realizada uma assembleia estudantil em Erechim, com início às 19h30.
A diretoria da SINDUFFS está viabilizando uma Assembleia Geral Docente em caráter emergencial para os próximos dias a fim de debater o tema e vem acompanhando as assembleias estudantis nos campi da UFFS.
*Com informações do ANDES-SN, ANDIFES, G1