O governo federal anunciou nesta quinta-feira, 16, o aumento nos valores das bolsas destinadas à Iniciação à Docência e Formação de Professores da Educação Básica. A medida beneficia 91 mil bolsistas da CAPES/MEC. Os benefícios com os reajustes, referentes ao mês de fevereiro, começam a ser pagos em março.
O aumento será de 75% para os alunos de licenciaturas. Para o reajuste, a CAPES terá um aporte orçamentário de R$ 347,6 milhões. O auxílio para a iniciação à docência pelos Programas Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e Residência Pedagógica (PRP) sobe de R$ 400 para R$ 700.
Outras bolsas vinculadas aos Programas de Formação de Professores também terão seus valores reajustados em cerca de 40%. São 23 modalidades diferentes de auxílios. No caso de tutor da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e de supervisor ou preceptor dos Programas Pibid e Residência Pedagógica, o benefício passa de R$ 765 para R$ 1.100. O aumento atenderá 91.203 bolsistas na formação de professores para a educação básica.
Em 2007, a CAPES – que desde 1951 investe na pós-graduação – assumiu a responsabilidade de atuar na formação e capacitação de professores da rede pública e expandir o acesso ao ensino superior, a partir da educação a distância. Os valores repassados aos alunos de licenciatura atendidos pelas bolsas dos Programas Pibid e Residência Pedagógica representam 70% dos recursos totais dos Programas voltados à formação de professores da educação básica.
O reajuste de 75% das bolsas do Pibid e do Residência Pedagógica mostra o compromisso do governo federal com a valorização das licenciaturas. As bolsas contribuem para a permanência dos estudantes e permitem o custeio das despesas com o deslocamento até as escolas da rede pública de educação básica, onde realizam as suas atividades.
Mais bolsas
Além de reajustar esses valores, o governo pretende aumentar a quantidade de bolsas voltadas à formação de professores da educação básica. A CAPES oferecerá mais 30 mil benefícios ao Pibid e Residência Pedagógica. Os dois Programas ofertam, atualmente, cerca de 60 mil auxílios para os licenciandos. Também serão atendidos mais 1,2 mil professores do ensino superior e 3,7 mil da educação básica responsáveis pela orientação e supervisão dos projetos. Ainda serão concedidas outras 6,5 mil bolsas pelos Programas Parfor, UAB e Proeb (mestrado profissional), além de recursos de custeio.
O próximo edital do Pibid, que será publicado ainda neste semestre, também oferecerá mais bolsas. A quantidade de benefícios passará de 30 mil para 100 mil. Já o novo programa de Residência Docente concederá 10 mil bolsas aos egressos de cursos de licenciatura e professores em início de carreira para que se especializem em docência na educação básica.
Estudantes e professores valorizam bolsas
Iniciativa voltada à formação de professores, o Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), destina-se a alunos do primeiro semestre de cursos de licenciatura.
Maria del Pilar Tobar Acosta foi bolsista supervisora do subprojeto Pibid Letras – Português e Português do Brasil como Segunda Língua (PBSL), da Universidade de Brasília (UnB). Ela coordenou a área de Língua Portuguesa do Pibid no Instituto Federal de Brasília (IFB) e hoje é coordenadora institucional do Programa naquela instituição. A professora é autora do projeto ‘Heroínas sem Estátua – o conhecimento a partir das mulheres’, reconhecido como o Melhor Projeto do Biênio 2014-2015 para o Ensino Médio, entre mais de 11 mil propostas inscritas, no 9º Prêmio Professores do Brasil.
Suzi Dorneles Rocha venceu o Prêmio Educador Nota 10 em 2020 pelo projeto ‘Viajando pela cultura africana’, no qual abordou identidades africanas e afro-brasileira a partir de brincadeiras de Moçambique, Senegal e Nigéria, em aulas de ensino fundamental. Professora de educação física da rede pública, ela foi bolsista do Programa de Mestrado Profissional para Professores da Educação Básica (Proeb).
— CGCOM/CAPES.