O Projeto de Reforma da Previdência enviado à Assembleia Legislativa pelo Governador do Ceará, Camilo Santana (PT), obedece a mesma lógica do Governo Federal e aumenta 7 anos a idade das mulheres e 5 dos homens para acesso à aposentadoria, sobretaxa quem ganha dois salários mínimos, reduz a pensão por morte, aumenta a alíquota previdenciária e determina o congelamento salarial.
Desde o dia 16, diversas mobilizações tentaram barrar a votação da Reforma que foi aprovada no dia de ontem (19) sob forte repressão policial contra os manifestantes. Foram usadas bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, além de agressões com cassetetes que deixaram feridas as servidoras Rosângela Pimenta e (SINDIUVA) e Marta Brandão (Associação dos Servidores da Saúde). Ambas registraram um Boletim de Ocorrência.
Com tamanha truculência contra o(a)s servidore(a)s, o Governo Camilo demonstra que quando se trata de servir aos ditames e interesses do capital e seus entes, a democracia é apenas um detalhe!
Apesar da grandes resistência e força das mobilizações, a Reforma da Previdência foi aprovada às vésperas do Natal e contou com apoio de partidários do PDT, PP, PSD e PT. O Sindicato Nacional manifestou “irrestrito repúdio” à Reforma da Previdência do governo cearense reafirmando o seu papel “na defesa de uma Previdência pública e dos direitos da classe trabalhadora”.