Dia de Mobilização Nacional contra os ataques à Educação Pública na UFFS

Estudantes de todo o Brasil realizaram diversos atos e mobilizações nas Universidades, Institutos Federais e CEFETs na quinta-feira, dia 9 de junho, contra os cortes orçamentários na Educação e a tentativa de cobrança de mensalidades nas universidades públicas brasileiras. A União Nacional dos Estudantes (UNE), a Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (FENET), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) realizaram diversas assembleias e plenárias locais em diversas instituições para organização de protestos que ocorreram nessa data. Na UFFS os estudantes também se mobilizaram junto dos docentes e taes em diversas atividades.

O bloqueio linear de 14,5% nos recursos repassados ao Ministério da Educação, promovido no final de maio pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), afetará diversas áreas e, para as Instituições Federais de Ensino Superior, representará R$ 1 bilhão a menos em um orçamento já bastante enxuto.

Outra pauta que os estudantes levaram para as ruas, além da recomposição orçamentária das IFEs, é a luta contra a tentativa de cobrança de mensalidade nas universidades públicas, prevista na Proposta de Emenda à Constituição 206/19. O parecer favorável à PEC 206 aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Após intensa mobilização nas últimas semanas, houve acordo entre os parlamentares de que o mesmo só será votado após as eleições em Outubro. No entanto, é necessário pressionar para o arquivamento da matéria que ameaça a gratuidade da Educação Superior pública.

Somaram-se na luta docentes e taes que, além das pautas também defendidas pelos estudantes, estão mobilizados na luta pelo reajuste salarial a fim de garantir a reposição das perdas inflacionárias do governo Bolsonaro. Desde o início do ano, a Campanha Salarial Unificada 2022 construída em unidade com as entidades que compõe o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), requer a abertura de uma mesa de negociações que vem sendo ignorada pelo governo. Nos campi da UFFS de Realeza (PR) e Cerro Largo (RS), os docentes fizeram panfletagem, conversas com os colegas e exposição de faixas contra os cortes do Orçamento da Educação.

Em Chapecó (SC), os docentes e técnico-administrativos organizaram a roda de conversa Universidade Pública sob ataques: reajuste, cortes, mensalidade e impactos no trabalho docente da UFFS. O evento contou com a mediação de Zuleide Maria Ignácio, Leonardo Rafael Santos Leitão e Alexandre Fassina. Foram expostas faixas e panfletagem aos docentes. À noite, docentes e taes também participaram da mobilização chamada pelos estudantes na Praça Coronel Bertaso, no centro da cidade.

Em Erechim (RS), os docentes da fizeram a fixação de faixas e entrega de panfletos no campus da UFFS, e participaram de atividades promovidas pelos estudantes secundaristas no campus do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) junto do SINDTAE e do Sindicato dos Metalúrgicos. À noite, os estudantes segundaristas do IFRS de reuniram com os estudantes da UFFS em ato entre os blocos A e B na Universidade.

 

Os docentes de Laranjeiras do Sul (PR) também expuseram faixas, distribuiram panfletos no campus da Universidade e conversaram com os colegas.

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*Com informações do ANDES-SN