As Universidades, IF e CEFET têm como marca em sua história a defesa dos direitos democráticos e da diversidade. Nos últimos 15 anos, as políticas de reparação histórica e ações afirmativas garantiram o ingresso da população indígena e negra, de estudantes oriundo(a)s da escola pública e, recentemente, a reserva de vaga para a população Trans, em suas experiências iniciais, tem dado passos no sentido de minimizar a desigualdade de acesso e permanência dessa população na educação superior brasileira. Nós do ANDES-SN compreendemos essas ações como avanços, que garantiram enfrentar o modelo predominante de universidade masculina, branca, cisheteronormativa e elitista.

Nesse sentido, a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) havia disponibilizado 120 vagas, em 15 cursos presenciais de dois campi, para a população trans. Uma iniciativa inédita no país. Tais políticas são resultados das lutas dos Movimentos Sociais. No país que mais mata LGBTT em todo o mundo e com um alto índice de feminicídio, o Governo Federal desprezando todos esses fatos e as conquistas dos Movimentos Sociais, resolve suspender e anular o citado processo de vestibular para candidato(a)s Transexuais, Travestis, Intersexuais e pessoas não binárias. Além do flagrante ataque à diversidade, o Governo Bolsonaro desrespeita a autonomia universitária ao anunciar, via redes sociais, sua intervenção na Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Federal).

A Diretoria do ANDES-SN repudia as declarações do presidente Jair Bolsonaro, suas ações transfóbicas, a nítida perseguição às pessoas LGBTT e o desrespeito à autonomia universitária!

#Emdefesadaautonomiauniversitaria
#NãoaTransfobia

Brasília (DF), 17 de julho de 2019.

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional.